Livro, Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos[LS]
Livro, Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos[LS]
Descrição
Idioma: Português do Brasil. "O primeiro livro publicado originalmente na Internet a ser lançado por uma grande editora. Com dois romances publicados, a carioca Ana Paula Maia se firmou como uma das mais festejadas autoras da nova literatura brasileira e chamou a atenção de críticos e formadores de opinião ao publicar, em 2006, uma novela folhetinesca na Internet, em uma ação pioneira. Durante meses, os leitores acompanharam pela web os 12 capítulos de Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos, que saiu do digital para a edição impressa com um novo final. Com muito sangue, violência e boa literatura, Ana Paula Maia lança o olhar ao outro, com profundos traços de ousadia e peculiaridade, para esmiuçar o cotidiano de homens que lutam para sobreviver em meio à pobreza e a falta de esperança em uma vida melhor. Em silêncio, esses homens-bestas carregam seus fardos e os dos outros. Neste volume estão reunidas duas novelas. A primeira, que dá nome ao livro, é escrita em cinco capítulos e tem como cenário um subúrbio distante, sob um calor sufocante, onde apostar em rinhas de cachorros assassinos é o divertimento mais saudável para dois brutamontes que ganham a vida abatendo porcos e distribuindo-os em frigoríferos. Edgar Wilson e Gerson esperam o mínimo da vida, trabalham muito, cumprem sagradamente suas tarefas e nutrem um pelo outro uma amizade excepcional. O resto importa muito pouco. A segunda narrativa, O Trabalho Sujo dos Outros, em sete capítulos, conta a história de três homens que recolhem o lixo, quebram o asfalto e desentopem esgoto. Quando os coletores de lixo decidem fazer uma greve geral, a cidade começa a sucumbir e Erasmo Wagner inicia uma estranha jornada mística tendo um bode como condutor de um acerto de contas com o seu passado. O trabalho sujo dos outros chegou a ter quatro capítulos veiculados na Internet com outro título. Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos já foi apresentado pela autora como um ""folhetim pulp"". ""Do folhetim traz um grude, um arrebatamento especial, e é pulp no sentido em que o cinema Tarantino ou Takeshi Kitano é pulp. O volume de sangue circulando é de similar nível”, define a crítica literária Beatriz Rezende, que assina a orelha do livro. Sua representação e contestação da realidade tornam a obra uma das mais originais e significativas para o cenário literário atual. As duas novelas fazem parte de uma série chamada Trilogia do homem comum. A terceira novela ainda é inédita. ""Há cenas que a literatura não tolera, mas é preciso entender muito de ficção, de realidade e de representação da realidade para poder escrevê-las."" - O Globo "